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Mais de 200 meninas já estão imunizadas contra o HPV em Ibirama

Equipe da Secretaria de Saúde visita as Escolas para aplicar a vacina
27/03/2015 12:16

Aproximadamente 200 jovens, de nove a 11 anos de idade, já estão imunizadas contra o HPV (papilomavírus humano) em Ibirama. A equipe da Secretaria Municipal de Saúde de Ibirama, que aderiu a Campanha Nacional de Vacinação contra o HPV, está visitando as Instituições de Ensino durante este mês de março para imunizar as meninas.
“Prontamente aderimos a esta campanha utilizando a estratégia de levar a nossa equipe até as Escolas para facilitar o acesso à vacina”, explica o Secretário Municipal de Saúde Jucélio José de Andrade. A vacina também é disponibilizada no Posto de Atendimento Médico Central – PAM e na Unidade de Saúde do Distrito de Dalbérgia.
No município, a meta é imunizar aproximadamente 300 adolescentes. O Prefeito de Ibirama, Osvaldo Tadeu Beltramini, pede a colaboraçao da comunidade, destacando a importância da ação: “Pretendemos vacinar todas as crianças nesta faixa estária e para tanto, contamos com o apoio e a adesão da população ibiramense”.
Veja as instituições que os profissionais da saúde já visitaram: E.M. Bairro Areado, E.M. Tancredo Neves, E.M. Caminho da Estação, Colégio Hamônia, E.M. Christa Sedlaceck, E.M. Bairro Operário, E.M. Nova Stettin e E.E.B. Eliseu Guilherme. Encerrando o roteiro, na terça, dia 31, a equipe passará na E.E.B. Walmor Ribeiro. O Colégio Estadual Gertrud Aichinger não tem meninas matriculadas nesta faixa etária.

Com a ação, Ministério da Saúde quer reduzir casos de câncer de colo de útero

A vacina contra o HPV é quadrivalente, ou seja, previne contra quatro tipos de HPV: seis, 11, 16 e 18. Dois deles (16 e 18) respondem por 70% dos casos de câncer de colo de útero, responsável atualmente por 95% dos casos de câncer no país. O câncer de colo de útero é a segunda principal causa de mortes por neoplasia entre mulheres no Brasil, atrás apenas do câncer de mama.
A população alvo prioritária da vacinação com a vacina HPV no ano de 2015 é do sexo feminino na faixa etária entre nove e 11 anos de idade e mulheres de 14 a 26 anos vivendo com HIV. Cada menina deve receber três doses da vacina para estar imunizada contra o HPV. Após a primeira dose, a segunda dose deverá ocorrer em seis meses e a terceira dose 60 meses após a primeira dose. O intervalo tem o objetivo de aumentar a resposta imunológica à vacina.
A vacinação, conjuntamente as atuais ações para o rastreamento do câncer do colo do útero, possibilitará prevenir essa doença nas próximas décadas, que representa hoje a terceira principal causa de morte por neoplasias entre mulheres no Brasil. Ressalta-se que esta é uma vacina incluída na rotina do SUS e que está disponível durante todo o ano nas salas de vacina para as adolescentes que fazem parte do público-alvo prioritário para recebê-la.
Em 2014, em Ibirama foram vacinadas no mês de março (uma dose) 395 jovens e no mês de setembro (duas doses) 361 adolescentes.
Desde a introdução da vacina HPV, uma das preocupações das famílias em vacinar essa faixa etária seria uma possível mudança no comportamento sexual dessas jovens que, influenciadas pela vacina, poderiam se sentir estimuladas a iniciar mais precocemente sua vida sexual. Contudo, estudos mostram que a melhor ocasião para vacinação contra o HPV é afetivamente na faixa etária de nove a 13 anos, antes do início da atividade sexual e enquanto os pais ainda mantém o hábito de levar os filhos para tomar outras vacinas administradas nessa faixa etária. Além disso, é nessa época da vida, que a vacinação proporciona níveis de anticorpos mais altos que a imunidade natural produzida pela infecção do HPV9.
Para adolescentes que farão a primeira dose nas Unidades Básicas de Saúde não há necessidade de autorização ou acompanhamento dos pais ou responsáveis, embora, devido à idade (nove a 11 anos) é esperado que as meninas que procurem os postos estejam acompanhadas de seus pais e/ou responsáveis. Na escola, a vacina será aplicada em ambientes seguro e adequado e por profissionais de saúde. Na vacinação em instituições de ensino, caso o pai ou responsável não autorize a vacinação da adolescente, orienta-se que assine e encaminhe à escola o “Termo de Recusa de Vacinação contra HPV”, distribuído pelas escolas antes da vacinação.

Reações da vacina

A vacina é muito segura. Pode ocorrer eventos adversos leves como dor no local da aplicação, inchaço e coloração avermelhada. Em casos raros, pode ocasionar dor de cabeça, febre maior que 38º C e desmaios. É importante ressaltar que a ocorrência de desmaios durante a vacinação contra HPV não está relacionada à vacina especificamente, mas sim ao processo de vacinação, que pode acontecer com a aplicação de qualquer produto injetável. Em caso de algum desses sintomas, o Ministério da Saúde recomenda que a adolescente procure a unidade de saúde mais próxima relatando o que sentiu ou está sentindo. 

Fotos: Secretaria de Saúde

Sheyla Germano
Jornalista - SC 3170 JP
Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Ibirama
Fones: (47) 3357-8554 (47) 8825-9762

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